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FAEX faz parte do Guia de Inovação para Sustentabilidade da FGV em 2016.

  • Thiago Mesquita
  • Dec 14, 2016
  • 3 min read

Saída Legal para o Pequeno Gerador

A Faex encontrou solução para pequenos geradores de resíduos perigosos que, por falta de escala, tinham dificuldade em cumprir a lei

Quando funcionário de uma companhia de grande porte especializada em resíduos perigosos [1], o químico e gestor ambiental Flávio Bragante era sempre consultado por pequenas empresas interessadas no serviço para o descarte correto de seus rejeitos, devido ao risco da fiscalização. Mas nada podia ser feito, porque o mercado só recebia esses materiais para destinação final em quantidades bem maiores.

[1] O Brasil produz cerca de 3,8 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos por ano, segundo o Ministério do Meio Ambiente

Até que um dia o químico se viu inspirado a imaginar uma solução capaz de virar negócio e começou a desenhar um caminho.

Os anos se passaram e, já trabalhando em uma fábrica de cimento adquirindo resíduos para combustão nos fornos, voltou a ser questionado sobre o assunto.

“Foi quando decidi arrendar o galpão de um cliente e me desligar da cimenteira [2], iniciando uma nova atividade para oferecer alternativa ao lixo tóxico de indústrias menores, diante do grande potencial do segmento”, conta Bragante.

[2] As indústrias de cimento têm capacidade de receber em torno de 200 a 300 toneladas por dia de resíduos para processamento nos fornos

Formatada para micros, pequenas e médias empresas, a solução permite um fim mais nobre e ambientalmente correto para materiais poluentes que muitas vezes vinham sendo descartados sem critérios em terrenos baldios, porque não havia quem os recebesse.

Em 2010, o negócio finalmente começou a operar, após investimento inicial de R$ 100 mil na compra de equipamentos e nas licenças ambientais, que demoraram três anos para serem expedidas.

Com galpão localizado em São Roque e escritório administrativo em São Bernardo do Campo, ambos na Região Metropolitana de São Paulo, a Faex tem como base um processo que abrange desde o recebimento de resíduos perigosos e sua segregação e armazenamento até o envio para o destino final, principalmente blendeiras [3] que abastecem fornos de cimenteiras.

O galpão recebe óleos contaminados, lodos industriais, pós, solventes, lâmpadas fluorescentes [4] e outros produtos tóxicos, com destaque para os líquidos – um diferencial da empresa. Atualmente, são recebidos por mês 40 tambores de 200 litros, vindos de 50 indústrias de menor porte.

[3] São fábricas que fazem a mistura de resíduos na dosagem correta para a melhor combustão

[4] A cada tambor de resíduo a empresa recebe sem custo dez lâmpadas fluorescentes, que são encaminhadas a uma recicladora para recuperação dos materiais nela contidos

A capacidade de processamento, no entanto, é dez vezes maior. Apesar do menor ritmo no último ano em consequência da queda da atividade econômica do País, o segmento apresenta expressivo potencial, devido ao impulso da lei que estabeleceu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a obrigação do registro no Cadastro Técnico Federal (CTF), em que o lixo das empresas e sua destinação são especificados.

“A tendência é de crescimento do emprego de soluções à medida que a adesão ao cadastro aumenta”, analisa Bragante. Para ele, a maior responsabilidade ambiental e social das corporações, que disseminam regras em suas cadeias produtivas, ajuda a mobilizar pequenos fornecedores e prestadores de serviço para o tema.

Além disso, a chegada de uma pequena empresa especializada na gestão de resíduos perigosos é bem-vinda para os gigantes do setor, que “precisam da gente para receber e encaminhar os resíduos, disseminando o tratamento final adequado, que é o principal serviço prestado por eles,

na ponta do processo”.

O negócio é atraente, com margem de lucro de 50%, podendo chegar a 70%, segundo o empreendedor, animado com a resposta do mercado à estratégia centrada nas empresas de menor porte.

Entre 2010 e 2016, a Faex registrou crescimento anual médio de 20% a 30%, com faturamento de R$ 650 mil em 2015.

Para melhorar a logística e ampliar a escala, o plano é instalar mais bases no ABC e outras regiões no interior paulista, além da compra de frota própria de caminhões, com investimento de R$ 2 milhões.

O modelo de franquia poderá ser o caminho para atingir o restante do País, em polos econômicos de alta demanda, também pressionados pela fiscalização.

Mas qualquer expansão, de acordo com Bragante, deverá priorizar a qualificação profissional, porque “a credibilidade é o principal segredo do negócio com resíduos perigosos”.


 
 
 

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